Governo do Amazonas vai ‘legalizar' ataque à educação
- A polícia que vão colocar dentro da escola como “disciplinadora”- é a polícia que está perdendo a luta contra o crime
- É preciso barrar essa ideia - que é autoritária
- Alguém no governo do Amazonas e no Legislativo tem que manter a sanidade
A escola é a segunda casa de nossos filhos. Mas uma escola presa a raízes autoritárias, sem liberdade de escolha, sem liberdade de pensamento e sem debate o conhecimento fica represado e não atinge o seu propósito, que é formar cidadãos, produzir estabilidade e riqueza. Levar a polícia para a sala de aula - “para cuidar da disciplina” - como anunciou o governador Wilson Lima, cria instabilidade e representa um recuo histórico dessa mesma escola na sua função de educar “os alunos dentro de princípios democráticos”.
A polícia que o governador Wilson Lima quer colocar dentro da escola como “disciplinadora” - é a mesma polícia que está perdendo a luta contra o crime organizado que mata, que vicia os jovens, que sai das ruas para a escola, que invade nossas casas, as igrejas, os centros de convivência de jovens e adultos.
É a mesma policia que não consegue dar a segurança que os alunos e professores precisam ao se dirigirem para casa.
Se não cumpre o papel que lhe é reservado, de proteção do cidadão nas ruas - dentro da escola que papel exerceria o policial? O de “senhor do mato”, garantindo que alunos e professores ficariam presos a uma redoma por força da vontade de um governo central de ultradireita, xenófobo e autoritário.
É preciso barrar essa ideia - que é pura loucura. Alguém no governo do Amazonas e no Legislativo do Amazonas tem que manter sanidade porque o governo central, o bolsonarismo, é uma loucura só, um mundo fantasioso criado em cima de escuridão, mentiras e violência contra princípios democráticos.
ASSUNTOS: Amazonas, bolsonarismo, liberdade de expressão, polciial na escola, ultradireita, wilson lima
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.