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A grande lambança de Bolsonaro


Por Raimundo de Holanda

09/02/2024 21h21 — em
Bastidores da Política


  • Todo mundo sabe que não houve golpe, sequer uma tentativa frustrada diante de forte reação da sociedade. Mas o plano existiu, está provado, com Bolsonaro e seu entorno se complicando a cada dia. ​

Não podia ter outro fim a não ser uma grande “lambança” o plano de golpe do ex-presidente Jair Bolsonaro. Depois que o general Braga Neto chamou de “cagão” o então comandante do Exército, Freire Gomes, por não aderir  ao movimento,  o termo dominou as reuniões da equipe ministerial  e só podia resultar na “cagada” final, que o ex-presidente não previu: a delação do ajudante de ordem e homem de confiança, Mauro Cid, que entregou  vídeo e registro de falas da reunião  na qual Bolsonaro cobrou fidelidade e empenho na divulgação de mentiras para comprometer o processo eleitoral.  

Nas reuniões mantidas por Bolsonaro com  a equipe de governo, Mauro Cid era apenas um ouvinte, mas gravava tudo e armazenava documentos  em seu celular. Foram esses documentos, entregues à Polícia Federal, que balizaram a operação  de quinta-feira  e que amanheceu na porta do ex-presidente, coletando novas e comprometedoras provas.

Todo mundo sabe que não houve golpe, sequer uma tentativa frustrada diante de  forte reação da sociedade. Mas o plano existiu, está provado, com Bolsonaro e seu entorno se complicando a cada dia. Será preso? Provavelmente. Mas como no Brasil nada é permanente e o Judiciário é flutuante em suas decisões, ele pode em algum momento ressurgir das cinzas, como o milagre ocorrido com Lula, que saiu da prisão para se candidatar e vencer as eleições de 2022. 

Se aconteceu o milagre da ressurreição com Lula, pode acontecer com Bolsonaro…

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ASSUNTOS: Alexandre de Moraes, Bolsonaro, Mauro Cid, PF

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.