Compartilhe este texto

Homens temem ser vítimas de violência sexual em Manaus


Por Raimundo de Holanda

07/12/2022 19h04 — em
Bastidores da Política


ouça este conteúdo

Pesquisa IBGE aponta  que  6% dos homens entrevistados receiam algum tipo de agressão sexual, o que é novidade, pois não há históricos de registros que validem esse tipo de preocupação..

 

Numa cidade que contabilizou em 2021 mais de 1.060 homicídios e em 2022 os dados até agosto revelam que foram registrados 641 assassinatos, é natural que as pessoas assumam que têm medo de sair à noite em Manaus. Medo dos grupos de extermínio, medo da guerra travada entre as diversas facções criminosas que comercializam drogas. E medo da polícia.

Esses dados foram computados pela Pesquisa IBGE, que é ainda mais abrangente, porque entrevistou milhares de pessoas em outras cidades da Região Norte.

Os homens são os mais preocupados: eles temem que a polícia os confundam com bandidos. E com razão.  A pesquisa não avalia a forma como as pessoas se vestem, nem o modo como se comportam. Mas a aparência é um indicativo de suspeita. Estar mal vestido, não ser branco  já é um problema. Não deveria ser, mas é.

Outro dado interessante que a pesquisa IBGE Identifica é que  6% dos homens entrevistados receiam algum tipo de agressão sexual, o que é novidade, pois não há históricos de registros que validem esse tipo de preocupação, ou porque os homens que  são vitimas desse tipo e agressão não procuram a polícia ou ainda porque não há uma delegacia especializada que atenda esse tipo de crime cometido contra o sexo masculino.

De qualquer forma, a pesquisa é um indicador importante para o governo que toma posse em 1 de janeiro fazer mudanças na segurança pública, inclusive preparando melhor os policiais na abordagem dos cidadãos.

Veja também:

Homens têm medo de sair sozinhos à noite após aumento de homicídios no Amazonas, diz IBGE
 

Siga-nos no


Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.