Ibama cria fato 'novo' para impedir asfaltamento da BR 319
- Os grandes inimigos da AmazônIa, todos sabem onde estão. E a cada lance que produzem recebem aplausos internacionais. Não servem ao Brasil.
Em cinco dias o Instituto Nacional do Meio Ambiente (Ibama), mapeou 225 áreas que afirma estarem “degradadas” ao longo da BR 319. Nesse mesmo tempo, 877 quilômetros da rodovia foram vistoriados. Um trabalho que não fez durante todo o ano, mas foi “estimulado” a fazer em menos de uma semana, numa ofensiva para deter o processo de licenciamento para o asfaltamento da BR.
O Instituto afirma que há risco de “mais desmate e devastação” caso o governo libere a pavimentação.
O pouco tempo usado para detectar desmatamento mostra que o instituto, criado para proteger o meio ambiente, foi transformado em um partido das organizações não governamentais, que atentam contra os interesses da região. Fez um trabalho mal feito, falha justificada pelo pouco tempo empregado.
O que demandaria semanas, pesquisa, visita in loco de técnicos, foi realizado em cinco dias, focado em tomadas aéreas.
A questão é que eventual desequilíbrio detectado em torno da rodovia não é um fenômeno iniciado agora. É todo um processo que começou com a construção da BR nos anos 70 e os incentivos do governo de então para que essas áreas fossem ocupadas. Nada com a questão do asfaltamento atual.
O problema é outro e para o qual o Ibama precisa estar preparado, até para justificar sua existência como órgão de defesa ambiental: O instituto, que em cinco dias afirma ter mapeado toda a rodovia e identificado desmatamento, tem condições de atuar para proteger áreas sabidamente protegidas? Se não, para que existe? Qual a finalidade? Até aqui, defender interesse extranacional.
Os grandes inimigos da AmazônIa, todos sabem onde estão. E a cada lance que produzem recebem aplausos internacionais. Não servem ao Brasil.
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ASSUNTOS: BR 319, Ibama, meio ambiente, ONGS
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.