Não deve ser fácil escutar Marina Silva por seis horas, sem o desejo de interrompê-la e trazê-la para fora da bolha  na qual é mantida - como ativista ambiental - e colocá-la na posição que deveria estar: de ministra do Meio Ambiente, cargo no qual tem o dever de defender os brasileiros que moram na Amazônia.

O senador Plínio Valério (PSDB) poderia fazê-lo, mas usou uma expressão inadequada, que repercutiu mal, resultando no surgimento de chavões cada vez mais utilizados pela esquerda: "foi misógino", "ele ofendeu uma mulher negra", "se fosse um homem agiria diferente". Blá blá blá...

Plínio incomoda e a campanha para desqualificá-lo envolve inclusive um senador do Amazonas, colega seu, que estava na mesma bancada em que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre,  manifestou "estranheza" com o comportamento do parlamentar.

Marina não deveria se vitimizar, exatamente por ser mulher e negra, com valores incontestáveis, mas não pode ser santificada.

Se foi impensada a expressão utilizada por Plínio, é um exemplo triste o que vem dos protestos como o da primeira Dama, Janja, ao afirmar, sem conhecimento de causa,  que Plínio é "ignorante", "misógino", "com um comportamento,
que mata mulheres". 

Desfaçatez, excesso,  tentativa canhestra de desqualificar um homem que carrega o fardo de defender os interesses de amazonenses isolados, porque a ministra entende que todos no Amazonas querem a conclusão da BR 319 "para passear de carro".

Começou daí uma teia de agressões contra o senador - que devem ser entendidas como evidente provocação aos amazonenses, que precisam reagir. Plínio é vítima, não algoz. 

Os fatos que se seguiram as afirmações do senador revelam esse estado de coisas.