Informação incorreta ou apressada do consórcio Globo, Folha, Extra?
A morte sustenta o desejo dos “vivos”. Está aí a disputa do número de óbitos e contaminados pela Covid 19. De um lado um consórcio de mídia e de outro o governo. Os números não batem. E não batem porque a forma da contagem e divulgação não é nem correta, nem republicana.
Neste domingo, o consócio ( Folha, Globo, Extra) aponta um total de 43.389 mortos e 867.882 infectados pela Covid 19 no Brasil. Os números do Ministério da Saúde, também divulgados neste domingo, são menores: 43.332 mortes desde o inicio da pandemia e 867.624 pessoas infectadas. Antes, as 13 hs, o consórcio havia divulgado números bem abaixo: 42.873 mortes 852.785 casos confirmados, o que revela que se aproximou dos números oficiais mas não exatamente os que foram divulgados as 21 hs pelo governo.
Em conflito, os dois lados informam de forma apressada (e mal) a sociedade.
Qual o número correto? E a verdade que esses meios defendem ao se autoproclamaram imunes a noticias falsas ou incorretas ?
O problema é que a imprensa ganha com as mortes - vende mais jornais, gera mais cliques e fortalece a audiência. A morte para esses veículos representa a vida, a sobrevivência ao avanço de outras mídias que as tem sufocado - ao perderem público e faturamento.
Criar um consórcio de mídia para divulgar o número de mortos e infectados não teve o condão de informar a sociedade. ‘E também um sintoma do grau de beligerância existente hoje no País.
O grau de hostilidade dos principais veículos com o governo é grande, desvirtua a informação e acaba alimentando o discurso dos que defendem restrições a liberdade de pensamento no Brasil.
Só o fato de buscar controlar, também via consórcio, a internet e o que nela é divulgado, “verdades e mentiras”, já é um excesso, um abuso de poder que deve ser investigado pelos órgãos de controle. O problema é a subserviência desses órgãos ao presidente de plantão.
A verdade é que o Brasil se transformou em um império de lobos, que se devoram, enquanto os cordeiros (nós cidadãos), somos imolados todos os dias, pela doença, pela fome, pela falta de esperança.
ASSUNTOS: Bolsonaro, covid 19, extra, folha, liberdade de expressão, oglobo, Coronavírus
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.