A ‘inocência’ do delegado Sotero
O julgamento do delegado Gustavo de Castro Sotero, retomado na quarta-feira, aponta para um desfecho imprevisível. Para condená-lo bastaria as imagens que o mostram disparando dentro de um clube noturno lotado de pessoas. Mas vivemos tempos complicados, de espetaculização dos crimes e de absoluto desapreço pela verdade.
O delegado não só importunou uma mulher, como matou o homem que tomou satisfação com ele. A vítima não pode ser colocada no lugar do criminoso, como quer a defesa de Sotero.
O resultado desse julgamento vai depender dos atores envolvidos - advogados, principalmente. E de um júri ao que parece despreparado para encarar os holofotes - que ainda não estão sobre ele por questões legais - mas incendeiam um tribunal transformado em um grande teatro.
O CASO ALEJANDRO
Caberá ao Ministério Público denunciar as cinco pessoas indiciadas em inquérito da policia civil que apurou a morte do engenheiro Flávio Rodrigues. Mas pode pedir o seu arquivamento se constatar que seus fundamentos são falhos ou pouco claros.
O indiciamento de Paola Valeiko parece um excesso da investigação, uma tentativa de politizar mais ainda um caso contaminado por ingerências nada republicanas. Mas esse é um assunto para outra coluna…
ASSUNTOS: delegado soltero inocentado, julgamento do delegado sotero, Porão do Alemão, tribunal do júri
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.