Faz tempo que o Planeta Terra ficou pequeno. Tudo está resumido a uma tela de celular. Mas o mundo  que conhecemos continua dividido pelas fronteiras do ódio, da ambição e do preconceito. 

O morticínio recorrente praticado  pelo governo de Israel na Faixa de Gaza causa  perplexidade e revolta. O país, apoiado com armamento fornecido pelos Estados Unidos, fala que trava uma guerra contra o Hamas. 

Mas não há guerra se um lado não tem como se defender. Há  ocupação e assassinatos em massa.

Esta narrativa de guerra é "comprada" pela imprensa internacional. Este é um grande erro e um incentivo à barbárie. O jornalismo ou faz uma autocritica sobre esse evento ou passará para a história como cúmplice desse crime.

Os EUA dizem que Israel tem o direito de  liquidar com o Hamas. Mas não há mais um grupo terrorista liderando os palestinos sitiados. O Hamas já foi derrotado. Israel é uma força de ocupação. 

É justo que os militares israelenses cacem os poucos integrantes do grupo que ainda sobrevivem, mas ao bombardear uma cidade Israel está provocando uma carnificina sem paralelos na história moderna. 

PARA REFLETIR:

Coincidentemente, essa fase da invasão israelense em Gaza ocorre a pouco mais de uma semana do aniversário da Guerra dos Seis dias, travada pelos árabes contra o país, em uma frente que reuniu em 5 de junho de 1967 o Egito, a Síria, o Iraque, a Jordânia, o Kuwait e a Arábia Saudita, o que se tornaria a maior derrota dos árabes numa batalha contra o então recém criado estado judeu.

Quem sabe no 5 de junho, 57 anos após uma fragorosa derrota imposta aos árabes, com apoio norte-americano, não se restabeleça a paz e seja criado oficialmente o Estado da Palestina? 

Os americanos, de onde advém todo o poder militar de Israel, devem isso ao povo da palestina.