Com a direita fragmentada, as duas vagas de senador em 2026 poderão ficar com o Centrão - é o caso de Eduardo Braga (MDB), que vai contar com Jesus em Manaus e um grupo de juruparis no interior do estado. Na  eleição de 2018, Braga sofreu com a votação surpreendente de Luiz Castro (REDE), na Capital, mas virou o jogo aos 90 segundos do final da contagem, numa virada espetacular, com a votação nos municípios. 

Com cerca de R$ 300 milhões em emendas parlamentares, que regam as prefeituras, Braga mantém sua influência no interior, e rompe o bloqueio ao seu nome em Manaus, ao emplacar Jesus como secretário.

A não ser que a Terra mude de rotação, Braga tem reeleição garantida, apesar de pouco contribuir com a melhoria de vida do caboclo - pobre, brutal, miserável,  retrato de um país que vê nos pobres meros  números que ganham significado apenas na hora do voto.  

Nunca é demais lembrar que a Terra passa por transformações e a política é mutável.

E a outra vaga? Plínio Valério (PSDB) tem a opção de tentar a reeleição ou disputar uma vaga de deputado federal. Tudo vai depender de uma união da direita em torno de seu nome. O apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro é importante, mas o ex-presidente vem sendo cortejado por outros nomes, como o coronel Menezes, que está fora do PL mas mantém  uma relação muito forte com o Jair, de quem é compadre.

O jogo depende ainda de pedras que poderão ser mexidas ao longo deste ano. É o caso do governador Wilson Lima, mas este é um assunto que fica para a coluna de amanhã.