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João Branco custa R$ 15,8 mil/mês para ser mantido em presídio federal


Por Raimundo de Holanda

04/04/2017 21h12 — em
Bastidores da Política



O custo de um preso para o contribuinte - independentemente do valor gasto para mantê-lo encarcerado - é sempre muito alto. Primeiro, porque preso não produz; segundo, porque não se ressocializa, e terceiro, porque são as facções criminosas que mandam nos presídios. Se 4,2 salários mínimos pagos por preso no Amazonas é um excesso que precisa ser revisto,  o custo de um recluso em penitenciária federal é 3,5 vezes mais: R$ 15,850,00 mês. Os dezessete condenados transferidos para presidios fora do Estado depois do massacre de janeiro em Manaus estão custando juntos R$ 269,450 mês,  ou R$ 3,2 milhões ano. Não tem estado ou país que aguente. E pensar que o narcotraficante João Pinto Carioca, o "João Branco", levado de Manaus para o presídio federal de Catanduvas, no Paraná, está  custando R$ 190,2 mil por ano... é concluir que no Brasil se premia o crime. E indagar se não é chegada a hora de acabar com os presídios.

DIVISOR DE ÁGUAS NA CULTURA
 
 “A lei é histórica e cria um divisor de águas na cultura manauara.” Assim o prefeito Marcos Rotta definiu ontem a Lei Municipal de Incentivo à Cultura, sancionada por ele. A lei prevê que até 20% do ISSQN pago pelas empresas à prefeitura, seja destinado a projetos culturais, que poderão ser captados diretamente pelos artistas junto à iniciativa privada. Mas as empresas também poderão optar por destinar o tributo ao Fundo Municipal de Cultura, gerido pelo Conselho Municipal de Cultura.
Rotta também sancionou a Lei que cria o Sistema Municipal de Fomento à Cultura (Siscult), que garante no orçamento da Manauscult 30% para os artistas e produtores culturais, por meio dos editais de cultura.

REVELAÇÕES
 
Durante sessão especial em memória aos 30 anos falecimento do senador Arthur Virgílio Filho, patrono da Academia de Letras do Brasil, seção Amazonas, o autor da homenagem, deputado Luiz Castro fez uma revelação surpreendente. Falando da importância “Eu, por exemplo, sou descendente direto de José Bonifácio de Andrada e Silva, minha mãe é Andrada e Silva. É a primeira vez que revelo isso.”

TCE APONTA INADIMPLENTES
 
A lista final dos órgãos que ficaram ‘devendo’ prestação de contas ao TCE-AM soma 37 inadimplentes. No interior são 15 Prefeituras Municipais, sete Câmaras Municipais, três Fundos Municipais de Saúde, dois Fundos e dois Institutos de Previdência Municipal, uma Companhia e seis Serviços Autônomos de Água e Esgoto Municipais e um Fundo Municipal de Educação. Na capital, somente a Fundação Hospital do Coração Francisca Mendes ficou sem prestar contas dentro do prazo encerrado dia 31 de março.

COMPROMISSO COM A SOBERANIA
 
Homenageado ontem com o título de Cidadão do Amazonas, proposto pelo 2º vice-presidente da Assembleia, Belarmino Lins, o general comandante do CMA, Geraldo Antonio Miotto, disse que o Exército mantém na Amazônia seu compromisso com a soberania, a defesa e o combate a ilícitos transnacionais – citando o tráfico de drogas, contrabando e tráfico de animais. Uma das iniciativas destacadas por ele é a extensão da linha de cabo ótico para os 61 municípios do interior. 

ENTRE O CÉU E O INFERNO

No próximo domingo, o Partido do Trabalhadores realizará o seu Processo de Eleições Diretas (PED), eleições internas para escolha das suas novas instâncias (municipais, estaduais e nacional).

Com o apoio dos ex-vereadores Bibiano Garcia e Waldemir José, o deputado estadual José Ricardo Wendling se diz firme na sua luta para conquistar a presidência regional da sigla, que vive entre o céu e o inferno, com a Lava Jato nos calcanhares do seu chefe maior, Lula.

“TUDO COMO DANTES”

De forma sintomática, o relator da reforma política no Congresso Nacional, deputado Vicente Cândido (PT-SP), decidiu ontem não incluir na reforma a tipificação específica do crime de caixa dois, a movimentação de recursos eleitorais sem o conhecimento da Justiça.

Principal articulador da anistia ao caixa, o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ), aplaudiu a decisão do relator. Como diz o adágio popular, “tudo como dantes no quartel de Abrantes”.

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ASSUNTOS: joão branco, Manaus, narcotráfico

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.