Jogo político e fim de festa para Wilson Lima
O governador Wilson Lima “não participa” do jogo político visando as eleições deste ano, mas “discretamente” avaliza o assédio a partidos políticos e os arranjos daí decorrentes.
A mudança na direção do PTB é só um exemplo. A “mão” do governo para redirecionar as tendências do partido no Amazonas prevaleceu sobre intenções republicanas.
Carlos Almeida, o vice-governador, sentiu que o caminho que a executiva nacional tomou poderia conduzir a um precipício, e que as novas alianças eram tóxicas.
Sua saída do partido de Roberto Jefferson não surpreende. Carlos sabe que essa festa, em algum momento, vai acabar.
PODER DE DECISÃO
O problema de Wilson é o fato de ele não decidir, mas permitir que decidam por ele. Na prática, assume o risco que os vampiros que vivem à sombra de seu governo não querem assumir.
INOCENTE? INGÊNUO?
Wilson Lima está no governo há dois anos e não perdeu a inocência do apresentador que via o Amazonas através das lentes de uma câmera fechada em um Studio, nem o hábito de se inserir no mundo das pessoas por meio da leitura do que escreviam para ele no teleprompter.
Precisa acordar, abrir a janela e olhar o mundo real, ou responderá pelo que não fez, mas permitiu que outros fizessem. Seja porque é um ingênuo irrecuperável; seja porque é manipulável; seja porque, definitivamente, se recusa a sair do Studio onde via uma realidade invertida e com a qual não aprendeu a lidar.
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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.