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Legislatura de futilidades. E de causa própria


Por Raimundo de Holanda

03/11/2016 23h28 — em
Bastidores da Política



Os cortes orçamentários impostos pela queda de arrecadação, causada pela crise econômica, não ‘comoveram’ os deputados do Amazonas. De olho em seus interesses pessoais e eleitorais, os parlamentares abandonaram por instantes a legislatura de futilidades, que transforma palavrão, botecos e petelecos em patrimônio cultural do Estado, para legislar em ‘causa própria’.

Eles que durante mais de um ano demonstraram verdadeira ojeriza ao orçamento impositivo, de repente descobriram nele a salvação para suas dificuldades políticas. Agora  impõem ao contribuinte o preço a pagar por uma ‘fatia’ de R$ 120 milhões para atender os ‘pedidos’ de suas bases. 

O momento é de crise e seria muito mais democrático garantir o direito dos cidadãos comuns disporem de mais recursos para  usufruirem de serviços essenciais. Mas seria esperar muito de um grupo de politicos que só pensa em seus próprios interesses, em detrimento do coletivo.  

O OUTRO LADO -  JOSUÉ DEFENDE ORÇAMENTO IMPOSITIVO

"Você acha realmente isso?
Você  está enganado. A maioria dos parlamentos do mundo utilizam esse instrumento.
Só para o Amazonas não é bom?
Espero que você um dia e será rápido, venha reconhecer. Peço  uma coisa: fiscalize,  pois  isso será carimbado e terá transparência.
O Amazonas está sendo o 21o  Estado a adotar o orçamento impositivo. Senado, Câmara de Deputados e Veradores já o utilizam.
Somente a ALEAM que não deve?
Discordo de você caro amigo,
Aliás você  não é dono da consciência alheia, nem você e nem ninguém.
Vou  dar uma dica:
Se eu pegar toda a minha emenda e comprar remédios para a Fundação CECON, será farra? Pense nisso, eu estou muito a fim de surpreender a sociedade!

Abraço e fique com Deus.

Josué Neto, "

Presidente da Assembeia Legislativa do Amazonas 
 

ADAIL, COARI GOSTA DELE

 Adail Pinheiro virou herói em sua terra natal, onde correligionários realizaram uma grande comemoração, que incluiu  queima de fogos para festejar  o regime semiaberto concedido ao ex-prefeito  pelo Juiz Luiz Carlos Valois 

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Condenado por corrupção e pedofilia, Adail confunde a cabeça de seus adversários que não aceitam ou  não entendem como alguém, em tal situação, continue detentor de um impressionante capital eleitoral que elegeu com folga o herdeiro político, Adail Filho, em Coari.

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O fenômeno Adail pode ser explicado, sobretudo, por suas ações político-administrativas pautadas por um forte assistencialismo junto às populações pobres do município mais rico do Norte do País.

GREVE ACABA NA TERÇA

Iniciada no dia 18 de outubro, a greve dos auditores fiscais da Receita Federal poderá ser encerrada na próxima terça-feira (8), de acordo com negociações que estão sendo intensificadas em Brasília pelo  líder do Democratas na Câmara Federal, deputado Pauderney Avelino.

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Ele se diz otimista com os entendimentos envolvendo o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco-Nacional) na busca de um acordo capaz de contemplar os interesses da categoria, que protesta contra o Projeto de Lei (PL) 5864/2016 que trata sobre reajuste de salários e delimita a consolidação das atribuições do cargo de auditor.

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Os efeitos da greve ameaçam paralisar as atividades de 10 fábricas do setor de eletroeletrônicos do Polo Industrial de Manaus por causa de insumos não liberados pela Receita.

 PENTE FINO

O ‘pente fino’ nas administrações de 61 municípios do Amazonas, feita por técnicos do TCE, apontou 42 tipos de irregularidades. É muito? Sim, mas talvez não chegue a abranger todos os ‘arranjos’ empregados pelas contabilidades municipais para fechar contas resultantes da má aplicação ou do uso indevido dos recursos públicos pelos gestores. Os prefeitos do interior, por exemplo, pouco ligam para proibição de nepotismo, transparência, balancetes mensais ou documentação ‘em dia’. Resultado de tudo isso: os desvios de recursos hoje são frequentes e milionários.

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ASSUNTOS: Amazonas, deputados, Manaus, orçamento participativo.

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.