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Mãe tóxica, filho mimado e uma geração perdida


Por Raimundo de Holanda

05/12/2024 20h13 — em
Bastidores da Política


  • Qual a nação que estamos construindo? Quem vai substituir essa geração, que não é das melhores, mas ainda resiste contra os assumidamente maus e que querem dominar o Brasil pela força?

Um mau exemplo do que ocorre nas famílias (e custa caro aos pais no futuro), foi a tentativa de uma mãe de  convencer, pelo constrangimento,  uma passageira da Gol a trocar de assento para satisfazer o desejo do filho de olhar a paisagem que o voo ensejava.  

Foram várias as postagem defendendo o direito da passageira em não ceder, mas ninguém alertou para o fato de como as crianças estão sendo educadas, mal acostumadas, sem noção do espaço alheio, com os pais bloqueando a capacidade  que os filhos têm de desenvolver  empatia e respeito pelo outro.

A mãe, que gravou tudo, com arrogância e até apoio de alguns passageiros,  invadiu a privacidade de uma moça impunemente.

Cabia ao comandante da aeronave intervir, como autoridade maior durante o trajeto, mas sequer apareceu para evitar que o caso eventualmente  descambasse para a agressão física. 

A relação dessa mãe com o filho mimado é tóxica. Faz mal à saúde e a educação da criança. Pior, revela um país sem futuro, com os meninos de hoje, já adultos, querendo tudo o que não podem ter.

Qual a Nação que estamos construindo? Quem vai substituir essa geração, que não é das melhores, mas ainda resiste contra os assumidamente maus  e que querem dominar o Brasil pela força, muitas vezes, usando de instrumentos democráticos, como a Constituição, que eles interpretam de acordo com suas conveniências?

Às vezes alegando que atuam dentro das quatro linhas da Carta Magna. Às vezes na bancada do STF, mudando as regras de um jogo que se torna autoritário.

O que muda é a posição, o cargo, não o comportamento belicoso, o desejo de impor suas vontades. Culpa da família...

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ASSUNTOS: criança mimada, familia, invasão de privacidade, nação

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.