O governador Wilson Lima montou seu governo com base na estrutura viciada do primeiro mandato. Mexeu na periferia, mas com peças gastas, sem capacidade de estimular avanços estruturantes. Prevaleceu a ingerência política que  escanteia o cidadão e coloca o bem público a serviço de interesses imediatos de uma minoria. Fora peças importantes, como o secretário Anoar Samad (Saúde) e o presidente do  Fcecon, Gerson Mourão, que foram mantidos, e José Augusto (Cetam), exonerado  talvez pelo fato de ter  qualidades), os demais  ficaram devendo e os “novos” são parte de uma velha engrenagem que o governador em muitos momentos qualificou como ultrapassada.

Wilson, que disse em sua posse no novo mandato ter “aprendido a governar na marra”, perde assim a oportunidade de reunir capital intelectual à altura dos novos desafios, especialmente para um Estado que precisa aprimorar a gestão.

Conhecimento e habilidades na forma de agir de auxiliares faltaram no primeiro mandato. Era hora de montar uma equipe qualificada para as demandas do presente e do futuro - que serão imensas. Não foi isso que se viu.

O governador caiu em muitas armadilhas no primeiro mandato por falta de assessores capazes de dar um norte, de administrar a coisa pública visando o bem da coletividade. Menos por má fé, mais por imperícia e despreparo, o colocaram em situação dificílima. Wilson, ao que parece, não aprendeu a lição.

Ao contrário do que afirmou o governador em sua posse, ninguém aprende a governar na marra. Nem achar que novos erros serão redimidos na próxima eleição.

Wilson ganhou uma nova chance, isso contra todos os prognósticos anteriores ao processo eleitoral. Não pode jogar fora…

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