Mais uma intervenção do governo na vida privada do cidadão
- Em tempos de inteligência artificial e a interação do aluno com essa tecnologia, as escolas agora vão caminhar na contramão de uma estrada cujo final é a falência da educação diante dos avanços de novas tecnologias que ainda rejeitamos. Eita país sem futuro...
- Não é o atraso mental de alguns deputados, que não cansam de usar o celular como seu brinquedinho favorito, ou de especialistas com formação duvidosa, que o cedular pode ou deve ser censurado onde ele mais se adequa, mais se ajusta: a escola.
Aos poucos o governo vai avançando sobre a vida privada do cidadão. A ideia da proibição de celulares em sala de aula é uma delas. O curioso é a forma como os parlamentos elaboram essas medidas e conquistam rapidamente o apoio de pais e "especialistas".
Na Câmara dos Deputados e no Senado não há crianças, mas é visível a desatenção dos senadores com o que dizem ou votam os colegas. Estão sempre desatentos, no celular, falando com assessores, namoradas, amantes, filhos, amigos. Mas se jugam no direito de penalizar os estudantes, pois como representantes do povo não honram os mandatos, são desatentos, são arbitrários, superficiais, e utilizam mal o celular. O exemplo não é bom.
Há uma contradição no projeto: abre brecha "para permitir uso dos aparelhos celulares e tablets quando inseridos no desenvolvimento de atividades didático-pedagógicas e devidamente autorizados pelos professoras". Ora, esse é futuro das escolas. E ele já está aí. Não vê quem não quer.
Em tempos de inteligência artificial e a interação do aluno com essa tecnologia, as escolas agora vão caminhar na contramão de uma estrada cujo final é a falência da educação diante do avanço de novas tecnologias que ainda rejeitamos
Eita país sem futuro...!
Ninguém entendeu que o celular não mais um modelo analógico, em que apenas se fala. É um pequeno é versátil computador, que permite que a família monitore os filhos mesmo na escola, além de abrir caminhos para leitura, pesquisa e desenvolvimento.
Afirmar que os estudantes brasileiros não aprenderam usar o celular é depor contra a família e a própria escola. Se surgiu como ferramenta de comunicação, deveria ser olhado com o valor que merece - até como a maior ferramenta de comunicação deste século.
Não é o atraso mental de alguns deputados, que não cansam de usar o celular como seu brinquedinho favorito, ou de especialistas com formação duvidosa, que o celular pode ou deve ser censurado onde ele mais se adequa, mais se ajusta: a escola.
ASSUNTOS: Celular nas escolas, Inteligência Artificial
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.