A polêmica sobre o pedido feito pelo governo do Amazonas ao STF, para que declare a inconstitucionalidade de lei estadual que tombou 29 imóveis projetados pelo arquiteto  Severiano Mário Porto, reacendeu o debate sobre a memória de Manaus, uma cidade que virou as costas para o seu passado histórico. As obras de Severiano são importantes pelo modelo de arquitetura sustentável que desenvolveu na região, mas o resgate do passado histórico da cidade é outra coisa, mais séria e que vem sendo postergado ao longo dos anos. O centro histórico de Manaus  é literalmente de  fachada. Os imóveis antigos estão internamente modificados, ato de vandalismo oficial que tem custado caro ao bolso do contribuinte. É o caso da comemorada reforma do Mercado Adolfo Lisboa. Por fora, há  o brilho de um passado que revive, mas por dentro arrancaram suas vísceras. Quem entrou no mercadão antes da reforma e o visita agora, sai de lá triste. O que fizeram ali não foi uma reforma,  foi um assassinato. 

RUIM PARA OS AMAZONENSES

Pesquisa da empresa Pontual com  1066 pessoas distribuídas nas 6 zonas de Manaus aponta uma insatisfação dos amazonenses com o governo Temer.  A maioria  - 46% - considera o governo do presidente ruim ou péssimo. Apenas 11% acham ótimo ou bom. E 34% consideram regular. É a pior avaliação do governo federal desde que  Temer assumiu a presidência depois do impeachment  da ex-presidente Dilma em agosto do ano passado

PREFEITURA ARTIFICIAL

 A Prefeitura de Manaus ficou  inteligente. E artificial demais. Está utilizando uma sofisticada tecnologia para informar a população de seus serviços, mas estes ou não funcionam ou funcionam mal. É  o caso do aplicativo "Cadê Meu Ônibus?" . O aplicativo é bom, mas os ônibus são ruins - não chegam no horário e quando  aparecem estão lotados. A maioria apresenta defeitos ou perde a porta, como foi o  caso ilustrado na matéria de capa deste portal.  Quer dizer, há inteligencia, mas falta conteúdo, oferta de produtos que possam ser  consumidos  com segurança pela população,

DE VOLTA À CENA

 Dois setentões, sem envolvimento com as investigações da Lava Jato,  o deputado Serafim Correa ( que completa 70 anos no dia 3 de abril)  e Amazonino Mendes, 72 anos,  poderão  disputar cargo majoritário em 2018.