‘Marina, Marina, faça o favor!’
- A ministra Marina Silva pecou pela desinformação ao depor na CPI das Ongs e foi desrespeitosa com os amazonenses, ao dizer que muitos querem a rodovia BR 319 asfaltada para passear de carro.
O governo Lula, que se diz voltado para o social, não pode manter em seus quadros uma ministra que admite que a Rodovia BR 319, aberta para romper o isolamento do Estado do Amazonas é socialmente importante, mas coloca obstáculos para o seu asfaltamento porque, segundo ela, não possui projeto que comprove sua viabilidade econômica. Ora, a rodovia foi aberta há 50 anos porque havia, como agora, um projeto de desenvolvimento econômico.
O problema é a forma como o atual governo, cercado por Ongs alemãs, belgas e americanas, com difusos interesses sobre a região, priorizou projetos que mais tarde serão considerados lesivos ao Brasil.
A ministra pecou pela desinformação ao depor na CPI das Ongs e foi desrespeitosa com os amazonenses, ao dizer que. muitos querem a rodovia asfaltada para passear de carro.
Aos senadores, Marina explicou, mas não convenceu, a quantia exorbitante de recursos que beneficiam ongueiros, como os R$ 3 bilhões destinados ao Fundo Amazônia.
Numa tentativa de desqualificar as perguntas que seria obrigada a responder como ministra do Meio Ambiente, Marina fez um paralelo entre comprometimento de pessoas públicas e privadas com a verdade objetiva.
Disse, por exemplo: “O que se espera é que, uma vez no cargo público, se esteja a serviço do público, e não do privado. E existem pessoas que sabem fazer essa separação. Imagina se eu fosse alguém do setor industrial e fosse convidada para ser ministra de Indústria e Comércio, se eu iria ficar em suspeição. Absoluto. Não é assim que as coisas acontecem. Existe uma coisa chamada ética dos valores, e não ética de circunstâncias. Quem tem ética dos valores aprende a separar as coisas”.
Ocorre que a ministra, ao defender fundos privados para uma Ong, ela fica sim sob suspeição. Mas quem a coloca em suspeição é ela mesma numa justificativa evasiva, de quem não está gostando de ser interrogada nem é afeita ao debate.
O que se viu em Marina foi uma pessoa autoritária, dona da pauta ambiental.
E não ficou nisso. Um site ligado as Ongs desenterrou um pedido para exploração mineral feita pelo atual senador Plínio Valério há 40 anos. A matéria diz que Plinio já possuía uma viés negacionista. Ora, a esquerda usa o termo para desqualificar a direita, mas sem diferenciar o real significado da palavra e onde seria mais apropriado empregá-la.
Outra coisa: qual o crime de Plínio Valério? Por meios legais pediu autorização, seja como jornalista, para medir a complexidade do pedido, seja para avaliar o tamanho da burocracia do governo, seja mesmo para explorar mineral.
Era um direito dele, que as ongs desenterraram e deturparam porque são desonestas, com alta capacidade de destruir reputações daqueles que se colocam como obstáculo para seus fins de espionagem para governos estrangeiros na Amazônia.
ASSUNTOS: Amazônia, Marina Silva, ONGS, Plínio Valério
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.