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Matança de civis em Manaus é um desafio ao sistema legal


Por Raimundo de Holanda

31/10/2019 21h59 — em
Bastidores da Política



A matança de civis começa a ser ‘aplaudida’ nas redes sociais como um ato de heroísmo. Como se o País não tivesse um sistema legal, com capacidade de prender, julgar, absolver ou  condenar seus cidadãos.

O fato é que a Polícia perdeu o freio e a tênue fronteira que permite definir que tipo de cidadão é abordado na  rua ( se um bandido ou um homem de bem ) pode ser a qualquer hora rompida.

Paradoxalmente, a matança ocorre em um momento em que um defensor público, garantidor dos direitos do cidadão, assume interinamente o governo.

Nesse vácuo de autoridade o Coronel Norte faz suas próprias leis. Segundo ele, o  tratamento de quem resiste a uma abordagem policial  é o 28 de Agosto ou o IML.

Nos becos do Crespo, Betânia, Monte Horebe ou Cidade das Luzes homens e mulheres têm vidas diferentes, mas todos  parecem tão iguais…Como distinguir um  bandido de um não bandido ? 

Assim, o governo rasga as políticas de segurança pública e a polícia rompe a linha que deveria separar a defesa da cidadania do combate à criminalidade. O bem e o mal se confundem no caos.

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ASSUNTOS: comando vermelho, confronto da PM com bandidos, coronel norte, Família do Norte, polícia militar

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.