Michele Bolsonaro recuou. Uma pena…
A ex-primeira dama Michele Bolsonaro aproveitou uma reunião do PL para defender o fim das cotas para mulheres interessadas em participar de eleições. Mas depois recuou. Se mantivesse a coerência, teria conquistado a simpatia de milhares de brasileiros, inclusive das mulheres, cansadas de ser tratadas como “coitadinhas”.
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Mulheres têm méritos e se não ocupam cargos de comando no Executivo e no Legislativo é porque não se interessam pela política. Pior, as cotas, inclusive do fundo partidário destinadas a elas passaram também a ser usufruídas por homens trans, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral.
Trans que registraram identidade de gênero em cartório até maio de 2022 tiveram direito a cotas que até as eleições de 2018 eram exclusivas para mulheres candidatas.
Quer dizer, uma invasão de um direito conquistado pelas mulheres e contra a qual não houve protestos, queixas, ações junto ao tribunal autor da “novidade, em nome da diversidade de sexos.
São os novos tempos, amargos, politicamente incorretos, mas medidas ainda são tomadas com base em suposto interesse social e coletivo.
Michele perdeu a oportunidade de abordar o tema, tão caro a uma esquerda atrasada que quer mudar a sociedade a partir da imposição de uma ideologia que divide e afronta o País.
om/widgets.js" charset="utf-8">Michelle Bolsonaro recua após defender fim de cota para mulheres na política https://t.co/nRsSxrU5i5 pic.twitter.com/BroHMDedMR
— Portal do Holanda (@portaldoholanda) May 7, 2023
ASSUNTOS: cotas para mulheres, Fundo Partidário, Michele Bolsonaro
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.