A motociata de Bolsonaro em Manaus e a semente podre
O retorno do ex-presidente Jair Bolsonaro a Manaus, "para virar a chave da eleição" no primeiro turno, esperada com ansiedade pelo candidato Alberto Neto (PL), recebeu o primeiro golpe nesta quarta-feira, com a divulgação de prints do WhatsApp com a oferta de R$ 100 para quem tivesse disposto a participar da motociata programada para sábado, 28.
A reação de Alberto foi demorada e quando agiu foi de forma tímida, preguiçosa. Suas redes sociais não buscaram estancar imediatamente a sangria que o inimigo provocava em sua campanha.
Embora tenha feito desmentido para alguns jornalistas, faltou ser incisivo, duro, até para inibir futuros ataques.
Obviamente que se trata de uma fraude, que Alberto tentou desfazer em ação no Ministério Público, mas chegou com atraso. O MP já investigava a denúncia, um ilícito bem planejado, bem articulado com algumas digitais da própria direita que segue Bolsonaro, mas está dividida entre dois candidatos.
A notícia de que o ex-presidente voltará a Manaus para unir a direita em torno de Alberto Neto e apontará a semente podre que desestabilizou o bolsonarismo no Amazonas, antecipou uma guerra suja, que não vai parar com as tentativas de reduzir a importância de sua visita ou expor de forma negativa o candidato que apoia.
ASSUNTOS: Alberto Neto, Bolsonaro, eleição 2024 Manaus, Manaus, Motociata
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.