Não basta multar o sindicato, tem que prender dirigentes que não respeitam decisão da justiça
As multas da justiça ao Sindicato dos Rodoviários chegam a R$ 20 milhões, e foram aplicadas com base legal. Agora os motoristas querem manter a greve para ‘livrar’ o sindicato dessas multas e das faltas ao trabalho no período. Querem com isso desqualificar a justiça.
Usando ‘manobras’ alheias ao direito de greve, como bens de terceiros para prejudicar a população, os novos donos da cidade batem o pé que nem moleques teimosos. Já não argumentam: usam de impropérios para atingir as autoridades. É hora de agir duramente, inclusive com a prisão dos que se colocam acima da lei.
O trabalhador, que sustenta o sistema de transporte e os poderes públicos, não pode continuar a ‘pisar chão’ para chegar ao seu local de trabalho, destituído de um de seus direitos mais fundamentais.
Até quando decretos de emergência e despachos de magistrados vão ser ‘solenemente’ ignorados por um minúsculo grupo de agitadores que hipnotizam os rodoviários?
Manaus já alcançou o status de grande metrópole e precisa ser respeitada como tal pelos seus governantes e cidadãos. Não pode ser tratada como quintal da casa de quaisquer uns.
PRATO SERVIDO
A bancada federal vai ter de correr atrás e mostrar ‘serviço’. O decreto do presidente Temer que praticamente extingue o polo de concentrados no Amazonas é um ato que fere a Constituição. Todos sabem, mas o remédio jurídico só virá após o alarde político.
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Afinal, em época de campanha eleitoral nada melhor do que um prato servido ao gosto dos candidatos. E a ZFM é sempre o melhor prato do menu das eleições no Amazonas.
ASSUNTOS: greve rodoviários, Manaus
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.