Compartilhe este texto

Nossos heróis não morreram, apenas estão diferentes…


Por Raimundo de Holanda

15/10/2021 19h28 — em
Bastidores da Política



Na vida de um super-herói o que menos deveria surpreender  é  a sua sexualidade. Porque a vida é sexo e sentimentos. A vida  se expande no outro ou cessa em meio a solidão e ao tédio.

Os aficcionados na leitura de quadrinhos já suspeitavam da homossexualidade de Robin  há 80 anos. Sabiam  que na Batcaverna havia segredos dos quais nem mesmo Coringa, Pinguim e Mulher Gato poderiam imaginar. 

Era um tempo de muitos armários e poucas janelas. Mas os anos se passaram e as portas se abriram. Os desenhos mudaram e Robin aparece agora sem disfarces.

A surpresa é o Super-Homem, admirado por gerações, um ser egresso de outro planeta e que chega à Terra com superpoderes. Os meninos  da velha guarda colocavam aquela "capa indestrutível" e as meninas  sonhavam se transformar na bela Lois Lane, a jornalista pela qual Clark Kent ( a identidade secreta de Super Homem) se apaixona.

O mundo de Robin e Super-homem agora é outro, assim como o nosso mundo -  mais diverso, mais plural.

Na vida de um super-herói o que menos deveria surpreender  é a sua sexualidade. Porque a vida é sexo e sentimentos. A vida  se expande no outro ou cessa em meio a solidão e ao tédio.

O que nunca nos demos conta é que as histórias dos super- heróis não eram apenas feitas de bravura, coragem, mas de paixão pela humanidade, paixão pela mulher amada, paixão pelo país. Ou, como agora, num mundo mais diverso, mais plural, pelo igual.

Nossos heróis, tal como os conhecemos, não morreram. Apenas estão diferentes…

Siga-nos no


Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.