O alerta de Amazonino que ninguém ouviu
Quando o então prefeito Amazonino Mendes disse a uma moradora de área de risco, em fevereiro de 2011, que caso não saisse de seu barraco poderia morrer, houve uma estridente reação da sociedade. Mas quem insistiu em ficar está morrendo.
As áreas de risco são barrancos que cedem a cada chuva, problema agravado pelas invasões e destruição da vegetação no entorno. Ocupações patrocinadas por politicos e religiosos mal intencionados, que conseguem faturar dividendos antes e depois das tragédias.
No primeiro caso, formam multidões de admiradores. No segundo, ganham notoriedade com um discurso social que no fundo esconde um certo escárnio com os mais pobres.
Ano pré-eleitoral entrando e a cidade a mercê dessa gente sem escrúpulo. É hora de as autoridades agirem com rigor. Até para evitar tragédias como a que ocorreu com a ultima chuva. (RH)
DEFESA CIVIL DE PRONTIDÃO
O Réveillon do pessoal da Defesa Civil de Manaus não vai ser de festejos, mas de ‘prontidão’. As chuvas fortes que castigam a cidade estão causando mortes e deixando centenas de desabrigados. No último ‘aguaceiro’ na terça-feira, foram contabilizados 131 pedidos de socorro na Emergência 199, com resultado de mais de 650 pessoas atingidas. Se as previsões meteorológicas se confirmarem, a passagem do ano vai ser debaixo d´água.
SERVIDORES LEVAM CANO
Inquérito do Ministério Público do Amazonas apura o paradeiro de R$ 2 milhões que estavam depositados na conta que a Prefeitura de Alvarães mantém no Banco do Brasil e que deveriam ser usados, em parte, para pagamento de salários dos servidores municipais.
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Como num passe de mágica, o dinheiro sumiu e o prefeito Mário Litaiff, que deixa o cargo no próximo dia 31, não sabe aonde foi parar a grana.
AMAZONAS FORA DO SUFOCO
Não são todos os estados que vão fechar o ano de 2016 no vermelho. O balanço divulgado ontem pela Secretaria de Fazenda mostra que o Amazonas está ‘saudável’. Enquanto 20 das 27 unidades da Federação encontram-se em dificuldades, o Estado vem pagando salários dos servidores e as contas dos fornecedores.
A receita para fatiar o ‘bolo’ de modo a satisfazer todos os setores foram os ajustes profundos na máquina e nas despesas públicas, ‘antecipadas’ pelo governador José Melo antes mesmo de o efeito da crise se manifestar. A disciplina fiscal atingiu um nível ‘fora do comum’.
ASSUNTOS: Amazonino, área de risco, Manaus
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.