O apagão e os riscos futuros
- O Pix foi uma ideia que deu certo, facilitou a vida dos brasileiros e o sistema de pagamentos se tornou mais ágil. Entretanto, há riscos que precisam, agora mais do que nunca, ser mensurados.
O apagão cibernético ocorrido sexta-feira pode ter sido um erro de programação do Windows pela empresa de segurança Crowdstrike, mas assuntou o mundo. Não atingiu o sistema bancário no Brasil, mas serviu como um alerta para o risco que representa a digitalização da moeda. Um blecaute nesse nível atingindo o Banco Central e o sistema Pix deixaria os brasileiros sem comprar e sem vender.
O eventual prolongamento do blecaute por mais de 24 horas provocaria pânico, queda na bolsa e deixaria o governo fragilizado.
O Pix foi uma ideia que deu certo, facilitou a vida dos brasileiros e o sistema de pagamento se tornou mais ágil. Entretanto, há riscos que precisam, agora mais do que nunca, ser mensurados.
O Brasil não está imune a esse problema, fora os ataques de hackers que se tornam cada vez mais frequentes. E nada na área digital é 100 por cento seguro.
Essa é uma nova velha guerra, com mais recursos e com poder de desestabilizar um País. Hora de tomar medidas preventivas e de pisar no freio, incentivando que a população faça uso de moedas, concomitantemente com o Pix. É a forma de, num eventual ataque, amenizar o problema.
ASSUNTOS: apagão cibernético, PIX
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.