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O banho de sangue na Faixa de Gaza


Por Raimundo de Holanda

09/10/2023 18h28 — em
Bastidores da Política


  • Israel tem o direito de se defender. Mas não tem o direito de manter cativos cinco milhões de almas palestinas, confinadas na Faixa de Gaza. Essa é a razão do início do conflito.

Não há uma única voz alertando para o banho de sangue que está mudando a cor das ruas e becos da Faixa de Gaza. Milhares de palestinos  estão sendo assassinados pela máquina militar de Israel e ninguém diz uma palavra, a não ser a de sempre: que Israel tem o direito de se defender. Mas não tem o direito de manter cativos cinco milhões de almas palestinas, confinadas em Gaza, Khan,Yunis, Rafah e Dayr Al-Balah,cidades sob ataque. Essa é a razão do início do conflito. 

É cínica a forma como agem britânicos e franceses, que governaram a Palestina nos anos 20, implantaram o terror, incentivaram as divisões e saquearam os tesouros que existiam na região.  Hoje condenam veementemente uma violência que eles plantaram. Eles semearam o ódio que viceja até os dias atuais. 

Os Estados Unidos fecham os olhos ao massacre e ainda enviam um porta-aviões e armas para apoiar Israel. É o mundo contra um punhado de palestinos. 

O terror está dos dois lados dessa guerra. Ninguém condenou Israel quando o país  fez sucessivos ataques à Faixa de Gaza nos últimos 15 anos. Ninguém disse que houve terrorismo de estado e exigiu punição. 

É preciso que o mundo deixe de olhar os palestinos como subumanos, sem direito a uma pátria e a liberdade. 

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ASSUNTOS: Faixa de Gaza, Hamas, Israel

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.