O buraco no qual o governo Lula pode meter a Zona Franca de Manaus
A frase do momento é “arcabouço fiscal”, que na verdade é um eufemismo para justificar a “necessidade” de aumentar impostos. O governo Lula diz que vai colocar nas “costas” dos ricos essa conta, que deve girar em torno de 150 bilhões de reais.
Na prática, o governo mira o bolso do contribuinte – seja porque está de olho no Imposto de Renda da pessoa física, seja porque começa a mexer em impostos como ICMS, PIS, Cofins, se imiscuindo em interesses dos Estados.
Para a Zona Franca, um desastre. O ministro Fernando Haddad tem uma capacidade impressionante de dar dribles nos parlamentares amazonenses que, temerosos que o governo Lula planeje usar um trator para passar por cima dos incentivos concedidos às indústrias de Manaus, insistem em uma definição sobre o destino do único modelo gerador de empregos e riqueza no Amazonas.
Pior é a declaração da ministra do Planejamento, Simone Tebet, de que o arcabouço fiscal – gente vocês sabem o que é isso? Regras para evitar o descontrole das contas que já iniciou sob descontrole com o novo governo - será uma bala de bronze e a reforma fiscal a de prata. Mas quem será a vitima?
ASSUNTOS: Arcabouço Fiscal, Fernando Haddad, Lula, Simone Tebet, ZONA FRANCA DE MANAUS
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.