O calor da campanha eleitoral em Manaus
Um leitor escreve dizendo que ando com os miolos moles. Foi até cordial, considerando comentários diários no meu WhatsApp com ofensas impublicáveis. Ele discorda da abordagem da coluna sobre os candidatos a prefeito de Manaus e a posição de cada um nas pesquisas. Em parte tem razão. Acho que perdi alguns neurônios com esse calor de quase 40 graus. Minha capacidade cognitiva certamente caiu a nível considerável. Estou mais impaciente, mais apressado, mais irritado.
Mas devo admitir que a crítica que ele fez me agradou. Gosto de ser contestado e tenho especial admiração por aqueles que têm outra linha de pensamento, que possuem argumentos e os colocam sobre a mesa. Isso me ajuda a melhorar e até a reavaliar conceitos.
Mas vamos lá. A coluna de ontem teve efeito na campanha de Amom. Ele postou um vídeo nas redes sociais com uma nova abordagem e direcionando sua ofensiva contra aquele que de fato é o seu adversário. Alberto Neto segue o mesmo caminho...
Acompanho o desempenho dos candidatos como mero espectador de um jogo. Como todo torcedor dou pitaco, aponto falhas, o que não significa que eu entenda de política ou de futebol. Mas sei quem joga bem, quem sabe mexer as pedras ou tem capacidade de, mesmo estando atrás, avançar sobre a linha de chegada.
Por isso entendo que o segundo turno, com os atores apontados pelos pesquisadores, não está definido. Não apenas porque o primeiro turno ainda não ocorreu, mas porque tem candidato se reinventando e com força para desfazer prognósticos antecipados.
ASSUNTOS: eleição 2024, Manaus, segundo turno
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.