O destino de Bolsonaro, o ‘imbroxável’ e ‘imorrível'
O momento é delicado para quem, como Bolsonaro, ja teve muito poder e agora está sob a mira das autoridades. Mas é a hora de colocar à prova uma de suas afirmações: de que nunca seria preso e de que é ‘imorrível’. Como homem livre já vive seus últimos momentos. Politicamente, já preparam o seu enterro.
A suspeita de que o ex-presidente Jair Bolsonaro tomou vacina contra Covid, apesar de incentivar a população a não fazer uso do imunizante, é grave e deve ser esclarecida de forma cabal pelo ex-presidente. Ele liderou um grupo de fanáticos anti-vacina e o resultado foi que o País registrou um nível de mortandade sem precedentes em sua história.
Não basta Bolsonaro afirmar que não tomou a vacina - há registros supostamente fraudados que o imunizante foi ministrado ao ex-presidente em 19 de julho de 2021.
Pode ser que a versão do ex-presidente se sustente ao longo das investigações, mas se comprovada a denúncia, agora investigada pela Polícia Federal, cabe punição prevista em Lei - “por infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informação pública”.
O momento é delicado para quem ja teve muito poder e agora está sob a mira das autoridades. Mas é a hora de colocar a prova uma de suas afirmações: de que nunca seria preso e de que é ‘imorrível. Como homem livre já vive seus últimos momentos. Politicamente, já preparam o seu enterro.
Bolsonaro podia ter seus pontos de vista, ser contra a vacina e justificar que o imunizante provocava efeitos colaterais. Mas não podia tomar a vacina escondido daqueles que o seguiam e acreditavam em tudo o que dizia, inclusive que um dos efeitos do imunizante era transformar as pessoas em “jacaré”.
Bolsonaro, se tomou a vacina, traiu duplamente seus seguidores, enganou o País e foi buscar abrigo numa UBS do Parque Peruce, em São Paulo em 17 de março de 2021.
ASSUNTOS: Alexandre de Moraes, Bolsonaro, cartão de vacina, Michele, policia federal
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.