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O destino de Bolsonaro, o ‘imbroxável’ e ‘imorrível'


Por Raimundo de Holanda

03/05/2023 18h49 — em
Bastidores da Política



 

O momento é delicado para quem, como Bolsonaro, ja teve muito poder e agora está sob a mira das autoridades. Mas é a hora de colocar à prova uma de suas afirmações: de que nunca seria preso e de que é ‘imorrível’. Como homem livre já vive seus últimos momentos. Politicamente, já  preparam o seu enterro. 

A suspeita de que o ex-presidente Jair  Bolsonaro tomou vacina contra Covid, apesar de incentivar a população a não fazer uso do imunizante, é grave e deve ser esclarecida de  forma cabal pelo ex-presidente. Ele liderou um grupo de fanáticos anti-vacina e o resultado foi que o País registrou um nível de mortandade sem precedentes em sua história. 

Não basta Bolsonaro afirmar que não tomou a vacina - há registros supostamente fraudados que o imunizante foi ministrado ao ex-presidente em 19 de julho de 2021. 

Pode ser que a versão do ex-presidente se sustente ao longo das investigações, mas se comprovada a denúncia, agora investigada pela Polícia Federal, cabe punição prevista em Lei  - “por infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informação pública”.

O momento  é delicado para quem ja teve muito poder e agora está sob a mira das autoridades. Mas é a hora de colocar a prova uma de suas afirmações: de que nunca seria preso e de que é ‘imorrível. Como homem livre já vive seus últimos momentos. Politicamente, já  preparam o seu enterro. 

Bolsonaro podia ter seus pontos de vista, ser contra a vacina e justificar que o imunizante provocava efeitos colaterais. Mas não podia tomar a vacina escondido daqueles que o seguiam e acreditavam em tudo o que dizia, inclusive que um dos efeitos do imunizante era transformar  as pessoas em “jacaré”. 

Bolsonaro, se tomou a vacina, traiu duplamente seus seguidores, enganou o País e foi buscar abrigo  numa UBS  do Parque Peruce, em São Paulo  em 17 de março de 2021. 

 

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ASSUNTOS: Alexandre de Moraes, Bolsonaro, cartão de vacina, Michele, policia federal

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.