O direito de gostar ou não do prefeito, mas o dever de amar Manaus
- A campanha por uma Manaus solidária - tão necessária - foi contaminada por difamações. As notícias falsas, as deepfakes atrapalham.
- São, na prática, "curtição", no sentido mais bizarro, inserida no meio do sofrimento de milhares de pessoas que esperavam ao menos respeito.
- Esperavam solidariedade, mas eles, os políticos donos de uma lamentável cegueira e sem espírito público, produzem vídeos que fazem rir.
- Rir das tragédias que poderiam ser evitadas se esse tempo para o deboche contra o prefeito David Almeida fosse dedicado àqueles que mais precisam de apoio em momento crítico como agora.
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Vivemos tempos de escolha. Tem sido impossível não pender para um dos lados do espectro político. Ou se é a favor ou contra. Não há meio termo. O dissenso é a regra, ou falta de regras. Nem mesmo tragédias como as provocadas pelas chuvas em Manaus são capazes de unir a classe política. Era o momento de recolher as armas, mas um lado joga pedras e enterra a inocência de quem acha que o socorro vai chegar rápido.
A campanha por uma Manaus solidária - tão necessária - foi contaminada por difamações. As notícias falsas, as deepfakes atrapalham. São, na prática, "curtição", no sentido mais bizarro, inserida no meio do sofrimento de milhares de pessoas que esperavam ao menos respeito da classe política. Esperavam solidariedade, mas eles, os políticos, produzem vídeos que fazem rir.
Rir das tragédias que poderiam ser evitadas se esse tempo para o deboche fosse dedicado àqueles que mais precisam de apoio em momentos críticos.
Quando não atrasam o socorro, contaminam o ambiente e expõem o ódio de um grupo divorciado da cidade e que aposta na desestabilização do governo municipal. A instalação do caos os favorece.
Ao montarem vídeos colocando o prefeito David Almeida dançando ou falando de festividades (claramente fora de contexto) em momento tão dramático, não demonstram apenas ódio pelo chefe do executivo, mas desprezo pelas vítimas das tragédias e indiferença com Manaus.
ASSUNTOS: chuvas, David Almeida, deepfake, Manaus

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.