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O Estado contaminado


Por Raimundo de Holanda

11/12/2023 20h45 — em
Bastidores da Política


  • A questão é saber qual o tamanho da contaminação e se não há um processo de metástase que avançou a tal ponto que é impossível salvar qualquer coisa, sem um processo radical de depuração dos poderes legalmente constituídos.

A infiltração das facções criminosas em instituições do País era, até recentemente, uma suspeita. Agora é fato.E gravíssimo, comprovado pela Polícia Federal, no bojo da Operação  Dakovo, que mirou o tráfico internacional de armas envolvendo o Primeiro Comando  da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV). 

Não foi surpresa a identificação de um funcionário da Procuradoria Geral da República, com acesso a dados sigilosos, como braço financeiro das facções. 

A descoberta, se não surpreende, comprova que PCC e CV têm obtido êxito em estender seus tentáculos  ao poder político. 

Se chegou ao MP/PGR, que tem a função de acionar o  sistema de justiça, denunciar malfeitorias - e a Constituição o define como “instituição essencial à defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis”, onde mais se infiltrou? 

 A questão é saber qual o tamanho da contaminação e se não há um processo de metástase que avançou a tal ponto que é impossível salvar qualquer coisa, sem um processo radical de depuração dos poderes legalmente constituídos.  

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ASSUNTOS: CV, DAKOVO, PCC, PGR, TRÁFICO DE ARMAS

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.