O ‘fake invertido’ do coronavírus no Amazonas
O que é fake? É a falta da Verdade. E o que é a negação da verdade, senão o fake invertido. Em relação ao crescimento dos casos de coronavírus, negado pelas autoridades do Estado do Amazonas, o que se percebe é que especialmente os políticos passaram a viver em um mundo no qual precisam manter seus projetos, ainda que em cima de cadáveres.
Estão falhando com as pessoas, traindo uma geração que pode sobreviver ao vírus, mas em grande parte sequelada.
Aglomerações sem nenhum controle em Manaus
Tudo porque os políticos ou parte deles, só pensam em si mesmos, em seus interesses, em seus compromissos com o poder, em suas parcerias nem sempre republicanas, em acordos muitas vezes espúrios.
Nunca olham o outro ou os outros como se vêem. Imaginam que são diferentes, imunes a esse vírus, e não são.
Há muita desinformação sobre a Covid 19. Mas o que assusta é a negação de que o vírus contamina em média cerca de 700 pessoas dia e que continua matando.
O mais importante não é olhar o número de mortos. É evitar que esse número, ainda pequeno em comparação ao pico da pandemia nos primeiros meses do ano, tenha um crescimento explosivo, voltando aos níveis de maio e junho.
É assustador perceber que pouca coisa tem sido feita para evitar uma nova onda, com enterros coletivos e muita dor, especialmente entre os mais pobres.
Em algum momento as pessoas vão apontar o dedo para os que, irresponsavelmente, as estão conduzindo para o matadouro…
ASSUNTOS: Amazonas, Bolsonaro, fake news, Manaus, mortes pela covid 19, sergio moro, Coronavírus
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.