O Fantástico, o caso Valeiko e a frustração dos que queriam 'incendiar' Manaus
A esperada reportagem do Fantástico sobre o assassinato do engenheiro Flávio Rodrigues não provocou o incêndio que a oposição ao prefeito Arthur Neto esperava. Foi jornalismo puro, com pesquisa e informações sobre o episódio, inclusive ressaltando a sindicância aberta pela Prefeitura de Manaus para apurar a conduta de um sargento da Casa Militar e o uso de um carro no crime. Nenhuma novidade, exceto a tentativa das autoridades policiais em dar uma dimensão política ao caso.
O que se espera agora é uma rápida conclusão do inquérito, com a definição do culpado.
O que não pode é um crime já praticamente esclarecido continuar com cinco homens presos, sendo que um deles assumiu a culpa.
A Polícia pode e deve duvidar de uma ou outra declaração, mas manter cinco cidadãos privados da liberdade apenas porque suspeita que um deles é culpado, sendo que um assumiu o crime, é violar um principio fundamental: o da presunção da inocência.
Mesmo considerando a prisão de 30 dias decretada pela justiça - até aqui todos, exceto o que assumiu a culpa, são presumivelmente inocentes e já poderiam estar em liberdade. O que não impede que as diligências continuem caso a policia considere que as investigações devem prosseguir.
CASO IGUAL AO RELATADO AQUI
A entrevista dada ao Portal do Holanda pela mãe de Jose Evandro Martins de Souza. o Junior Gordo , é semelhante a versão do Fantástico apresentada neste domingo, no que se refere a cronologia entre a chegada e as saídas dos investigados do condomínio Belvedere dos Pássaros, onde a polícia suspeita que o crime ocorreu. De acordo com ela, o filho pediu ajuda através de mensagem de Whatsapp às 22h26m.
A chegada no condomínio do carro com Mayc Parede e Eliseu da Paz ocorreu as 22H14m49s
E a saída do carro transportando Mayc Parede e Eliseu da Paz, supostamente transportando o corpo do engenheiro ocorreu as 22h33m.
ASSUNTOS: alejandro valeiko, Arthur Neto, elizabeth valeiko, Fantástico, Manaus, rede globo
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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.