O futuro de Manaus começa a ser rabiscado
Pesquisa eleitoral é coisa séria e sobre os institutos não deve pairar nenhuma dúvida quanto a seriedade com que avaliam a preferência do eleitorado. Mas o excesso de pesquisas a um ano e meio do pleito municipal, com dois possíveis candidatos aparecendo em condições de disputar o segundo turno influencia os eleitores e ajuda a fomentar um processo de polarização antecipado.
Mesmo considerando que o eleitor nunca diz o que pensa, os nomes apontados ganham espaço na mídia e chegam a quem não opinou - a maioria absoluta dos eleitores - que também passam a citá-los como prováveis escolhas.
As pesquisas são, sim, um meio de propaganda. Por isso é preciso deixar claro quem paga por elas e como paga. Obviamente não são bancadas pelos institutos, devido ao alto custo que representa o deslocamento de pessoal pelos municípios do Amazonas, uma logística cara, além da capacidade financeira das empresas habilitadas a avaliar as intenções de eleitores, muitas vezes em locais isolados e distantes.
Outro risco da polarização antecipada é isolar pré-candidatos com algum potencial politico e experiência administrativa, abrindo caminhos para sonhos de meninos. Manaus não merece…
ASSUNTOS: Amazonas, eleição 2024, Manas, Pesquisa eleitoral
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.