O guindaste do Caprichoso e a medida judicial cheia de riscos
A decisão do desembargador Lafayette Carneiro Vieira Júnior, de derrubar medida de segurança adotada pelo Corpo de Bombeiros, que proibiu o uso de guindaste pelo Boi Caprichoso, foi desproporcional, açodada e cheia de riscos. A proibição adotada pelos Bombeiros visou unicamente a segurança dos brincantes, dos trabalhadores e do público.
Ao interferir o desembargador desautorizou os bombeiros e deixou que a sorte determinasse o nível de segurança de um equipamento de difícil manejo e que tem provocado tragédias Brasil afora.
Os bombeiros, pelo seu profissionalismo, estão alheios às disputas entre os dois bois. Desautorizá-los levou a questão segurança para o campo das rivalidades, do qual o Judiciário também deveria estar afastado.
Agora a torcida, mais do que nunca, é para que tragédias como a verificada em 2022, durante o festival das cirandas, em Manacapuru, quando um guindaste rompeu e deixou mais de 20 feridos, não se repitam.
Garantido mesmo é o que os bombeiros Caprichosamente fizeram em nome da segurança, e o desembargador desfez...
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ASSUNTOS: Caprichoso, Festival de Parintins, Garantido
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.