Confesso que às vezes não sei o que abordar na coluna. Os assuntos são pueris e repetitivos. É como se abrisse o jornal de ontem para ler a mesma notícia. E me pergunto o que o leitor, que está do outro lado, pensa. O que deseja ler? Com que ansiedade vira as páginas sem abrir sequer uma notinha? É  quando olho para dentro de casa e vejo a família com seus conflitos. E indago  se todas as famílias são assim? Até que ponto preenche nossas vidas, ameniza nossa angústia, nos impulsiona rumo a melhores dias?

São perguntas sem respostas porque em certa medida criam mais desassossego.

Temos o mal de misturar família - esposa, filhos, ou maridos e filhos - com cunhados e seus derivados.

Você deve viver o mesmo drama, em maior ou menor medida.

E dói  perceber que o ódio das ruas nasce dentro de casa, pela inveja, pela soberba daqueles que não soubemos nos apartar - por amizade, respeito, acolhimento.

Temos que ter a coragem de seguir o que está escrito em Gênesis: “o homem deixará pai e mãe ( eu acrescentaria cunhados e seus derivados) e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne”. Isso é família de verdade. Isso é família que cresce, que prospera. Família sem ódio e sem intrigas.