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O legado de Wilson Lima


Por Raimundo de Holanda

10/01/2025 21h02 — em
Bastidores da Política



É salutar o esforço do governo do Amazonas em adotar uma nova política de saneamento básico, abrindo janelas para a entrada de recursos federais nas prefeituras  dos 61 municípios do Estado. O impacto da medida na saúde da população é imenso.   

A Lei Complementar 11/2024, assinada pelo governador Wilson Lima, se perseguida de forma republicana e sob o olhar atento da sociedade, vai permitir que esgoto e água potável cheguem a 90% da população do estado até 2032. É um longo caminho a percorrer, mas a iniciativa é audaciosa.

A Lei cria  uma autarquia - a Microrregião de Saneamento Básico - constituída pelo Estado e os municípios. A questão é como será gerida e o risco, sempre presente, de se transformar num elefante branco, com capacidade de sugar recursos públicos sem avançar em seus propósitos.

Certamente o governador criará os mecanismos para impedir a politização da autarquia e chamará os órgãos de controle e representantes da sociedade para participar de suas decisões.

A iniciativa, repetimos, é salutar e parte de um governador que se esforça  em  deixar um legado após dois mandatos seguidos. O caminho está aberto para a universalização do saneamento no Amazonas. 

Descontadas "as bondades" dos sucessivos governos com a empresa Águas de Manaus - a quem caberia a responsabilidade, o dever mesmo, exclusivo, de investir recursos próprios na expansão da rede de distribuição de água e coleta de esgoto na cidade - chegou a hora das prefeituras dos demais municípios fazerem  a sua parte, assumindo a gestão dos serviços sem  se deixar levar pelo canto de sereia de empresas que só funcionam mordendo recursos públicos que  poderiam ser destinados para outros fins.

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ASSUNTOS: Águas de Manaus, Saneamento básico, universalização do saneamento

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.