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O pedido de impeachment contra o governador do Amazonas e seu vice


Por Raimundo de Holanda

19/12/2019 0h08 — em
Bastidores da Política



O pedido de impeachment do governador Wilson Lima e de seu Vice Carlos Alberto, feito nesta terça-feira por dois deputados de oposição, vai direto para as mãos do procurador geral da Assembleia Legislativa. Caberá a ele, pela Lei 1.079, de 1950, fazer um parecer analisando  as formalidades da acusação e se o texto respeita requisitos previstos em lei.Mas cabe exclusivamente ao presidente Josué Neto arquivar ou não o pedido nessa fase preliminar.  Se entender que a denúncia deve ser acolhida, ele encaminhará para apresentação de recurso, que será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça.

A partir daí é o caos, que o governo deve evitar. Mesmo revertendo a situação a seu favor, essa fase é um  meio caminho para o desastre. E  por duas razões: a pressão da opinião pública e o desgaste dela decorrente. Essa é uma fase crucial para o governador.

Conta a articulação política e a relação com os deputados, que não estão boas ou eficientes. O acolhimento da denúncia pelo presidente da Aleam - mesmo que rejeitada na Comissão de Constituição e Justiça ou na Comissão Especial,  formada a partir daí, já seria um duplo desastre para um governo que tem até mostrado boa intenção, mas tem graves defeitos de gestão, aparentemente insuperáveis.

MESQUINHOS COM TRABALHADOR

O Congresso Nacional aprovou o orçamento anual para 2020 com a previsão de receitas e despesas totais de R$ 3,6 trilhões. Na disputa por verbas, deputados e senadores ‘puxaram a brasa para a sua sardinha’, aumentando para R$ 2,034 bilhões o fundo de campanhas.

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Mas foram ‘mesquinhos’ com os milhões de trabalhadores, aprovando um aumento de apenas R$ 33 no valor do salário mínimo. O aumento para as campanhas foi de R$ 334 milhões.

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ASSUNTOS: impeachment do governador do Amazonas, Pedido impeachment de Wilson Lima e Carlos Alberto

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.