O poder de Janja
- É compreensível o protagonismo de Janja no governo. É proativa, inteligente, perspicaz.
- São valores que, adicionados ao fato de ser "nova, bonita e carinhosa", confere a ela um imenso poder sobre o presidente.
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Ao defender Janja de críticas pelo seu protagonismo nas agendas internacionais do governo, Lula saiu em sua defesa, dizendo que a esposa "não nasceu para ser dona de casa". Mas também não tem a função legal de representar o país.
Há um notável desvio na atuação da primeira dama, que se assenhora de atividades ou do vice-presidente ou do corpo diplomático do Brasil.
Mas é compreensível seu protagonismo, ainda que enviesado. Janja é proativa, inteligente, perspicaz. São valores que, adicionados ao fato de ser "nova, bonita e carinhosa", exerce um imenso poder sobre o presidente.
Não foi mesmo feita para ser dona de casa. E Lula, como ninguém, sabe disso.
Qualquer homem que tenha uma mulher inteligente e com esse poder sedutor, também sabe disso.
Agora, justificar seu notável destaque em ações do governo, é outra coisa. Vai além do fato de não ser dona de casa.
Não é possível explicar sua atuação no governo, sem cargo, com o frágil argumento de que a primeira dama atua com legitimidade em prol do interesse público. Onde isso está escrito?
ASSUNTOS: Janja, Lula

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.