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O poder, em qualquer época, sempre foi exercido pelas mulheres...


Por Raimundo de Holanda

19/08/2018 19h23 — em
Bastidores da Política



A cada eleição  volta o velho debate  sobre a  suposta preferência dos partidos à candidatura de homens, mas ninguém questiona o "desinteresse" das mulheres pela política. Não há cerceamento à participação delas. O estabelecimento de cotas é uma aberração da legislação brasileira. 

As mulheres simplesmente não querem se envolver diretamente com questões partidárias e disputa eleitoral, embora uma minoria usufrua de seus benefícios. De certa forma,  elas são o poder, exercem de fato o poder, seja como ‘amigas’ dos políticos, amantes ou  esposas. 

 Elas são a maioria do eleitorado, frequentam mais a escola, são mais informadas, porém não votam em mulheres para o Parlamento porque essa não é uma guerra de sexo. É a busca de espaço de poder, que para muitas delas fica melhor com os homens - que comandam.

Na prática,  as mulheres  mandam, exercem o poder. E exercem  sem correr riscos de  entrar para a lista  dos fichas sujas, embora muitas delas contribuam para sujar a ficha de muitos homens que cederam a seus ‘caprichos’, por amor, paixão ou simples dependência… O poder, em qualquer época, sempre foi exercido pelas mulheres. Os homens são apenas objetos manipuláveis…

A FICHA DE HISSA

Hissa Abrahão queria ser candidato ao governo, iniciou briga com Amazonino, perdeu, aceitou o ‘consolo’ de uma vaga ao Senado, mas esqueceu de ‘limpar’ sua ficha corrida. Agora está na mira do MPF que pede a cassação do registro de sua candidatura.

FALTA SORTE COM OS VICES

Pode ser azar, mas também pode ser resultado dos ‘vícios’ políticos adquiridos. O certo é que David Almeida não tem sorte para escolher nem para aceitar vices em suas ‘chapas’. Em 2017 Abdala Fraxe, escolhido por David teve de renunciar à vice de Rebecca por ser ‘ficha suja’.

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Este ano o vice de David ‘indicado’ pelo PT, Jorge Guimarães é declarado ‘ficha suja’ por “improbidade administrativa” pelo MPE, que pede seja negado registro de sua candidatura.

 O CASO LULA

Uma das tarefas mais difíceis para os órgãos de justiça talvez seja cumprir a Lei da Ficha Limpa no período eleitoral. Ainda mais quando a questão envolve um político como Lula da Silva, que governou o país durante oito anos e liderou o governo durante outros seis.

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Num país onde os recursos da ‘judicialização’ de causas constituem um emaranhado quase infinito, ‘barrar’ a candidatura de Lula exige um exercício de renúncia quase impossível.

 

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ASSUNTOS: mulheres, poder, sexo

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.