Risco de Bolsonaro radicalizar e colocar em xeque a democracia fica maior
Este é um momento delicado, onde os freios da democracia, como conhecemos - com seus pesos e contrapesos - começam a falhar perigosamente. Ou não funcionam como deveriam.
A resposta 'inteligente' de Bolsonaro a um repórter que o indagava sobre meio ambiente repercute ainda hoje…) É só você fazer cocô dia sim, dia não, que melhora bastante a nossa vida também.” Depois teve que explicar o cocô e deu uma versão mais mal cheirosa: (Foi uma reação) “a pergunta idiota de um jornalista: Respondi que é só você cagar menos que com certeza a questão ambiental vai ser resolvida.”
PACIÊNCIA TEM LIMITES - Não dá para se queixar tanto dele ( de Bolsonaro), porque os brasileiros o elegeram presidente do Brasil. O problema é saber a capacidade dos eleitores, inclusive os dele, de continuarem assistindo impassíveis ou inebriados esse comportamento atípico de um presidente.
FRASES CHULAS - O pior não são as “cagadas”de Bolsonaro. O problema é muito mais amplo. Enquanto surpreende com frases chulas, ele vai montando uma teia perigosa para fortalecer o seu governo: indica amigos para a ABIN- serviço Brasileiro de Inteligência, joga iscas para o Ministério Público, deixando os procuradores da República doidos para ganhar a vaga de procurador geral, enquanto avança para tutelar o Judiciário.
Este é um momento delicado, onde os freios da democracia, como conhecemos - com seus pesos e contrapesos - começam a falhar perigosamente. Ou não funcionam como deveriam.
ASSUNTOS: Abin, Bolsonaro, Brasil, cagada, democracia, PFR, sergio moro
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.