PF tenta descongelar iceberg que flutua nas entranhas da máquina pública do Amazonas
Não ficou explícito nas respostas dos delegados federais que comandaram a “Operação Eminência Parda” quem seria o Rasputin por trás de governantes do Amazonas. Um rosto bem conhecido nos meios políticos apareceu implicado no recebimento e lavagem de dinheiro. A investigação da PF se refere ao período 2014/2016, porém os nomes e empresas envolvidos atuam até hoje em contratos milionários nas áreas de saúde e educação do governo.
BASE SUBMERSA - Quem seria a base submersa do enorme iceberg, que flutua nas entranhas da máquina pública impondo sua influência sobre o tomador de decisões? A lupa da PF quer alcançá-lo em breve.
TEIA GIGANTE - Os fios das marionetes parecem estar ligados a uma ‘teia’ que é retecida a cada novo líder colocado na cadeira de governador. E os desvios milionários só aumentam a cada ‘mudança’. Uma das ‘pistas’ soltas pelo delegado Max Ribeiro é que apesar de seu grande poder de influenciar até nas decisões econômicas “não quer dizer que seja um governante”.
TUBARÃO - Há um tubarão oculto sob o iceberg palaciano. Pode até ser um megalodonte pré-histórico, mas o povo quer saber que rosto ele tem.
LAMA SECA - A Seduc tenta limpar o para-brisa enlameado do governo com um pano ‘sujo de óleo’. Em nota diz que os contratos sem licitação no valor de R$ 9 milhões com a empresa investigada e contratada para aquisição de alimentos para escolas do Estado “não foram alvos da Operação da Polícia Federal”. Aparentemente, não. Mas PF e MPF estão puxando o fio de um novelo que une passado e presente.
MORDAÇA NO PRESIDENTE -Depois das inconfidências na cadeira do barbeiro, o ministro do STF Marco Aurélio Melo sugeriu o uso de mordaça pelo presidente Bolsonaro. Seria uma forma de evitar que ele proferisse tantos desatinos. E quem sabe pudesse até governar um pouco o Brasil...
ASSUNTOS: corrupção,, Macário, Manaus, Operaçao EminênciIia Parda,, Zé Lopes
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.