O templo da liberdade
- O dia do sexo (6) ficou apertado entre dois feriados - 5 e 7 de setembro. E foi muito comemorado. Namorar ainda é sinônimo de vida e o motel o templo da liberdade.
Num País dividido e de pouca afeição aos símbolos nacionais, o sexo une, aproxima, atrai para o mesmo espaço esquerda, direita e centro.
O segredo é que ninguém fala de política, ninguém veste nada, as cores deixam de ter importância.
Vale a fragrância do suor e os sussurros que ecoam entre quatro paredes. Gritos de prazer e sensação de que o mundo que está lá fora não existe.
A liberdade depende apenas um do outro, as posições também. E tudo pode ser dito num clima de democracia que aqui fora é proibido.
É quando é possível gritar sem ter medo, quando o 69 não é uma data, mas posição consentida e um caminho para a liberdade de corpos e de ideias.
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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.