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O vale-tudo da extrema direita em Manaus


Por Raimundo de Holanda

19/10/2024 20h19 — em
Bastidores da Política


  • Há uma perigosa e evidente consequência no caso de eleição do "capitão": o aumento da violência contra os mais pobres, os favelados, os desempregados, a grande massa de despossuídos que se espalha numa cidade de desigualdade gritante.

ELEIÇÃO 2024 -  MANAUS

A  extrema direita quer chegar ao poder em Manaus a qualquer custo. Na ânsia de conquistar o eleitor desempregado ou subempregado, sem formação e que depende de programas assistencialistas dos governos, o candidato, que se diz "capitão", se apropria de propostas da esquerda e promete criar centenas de vagas em creches, além de apoiar  as família e as mulheres mães. Não diz como será esse apoio. Na prática, monta  um jogo de palavras para invadir o imaginário do eleitor e romper a resistência a um grupo que vê todo homem pardo, negro e pobre como suposto "bandido" ou "vagabundo".

O "capitão" representa uma extrema direita perniciosa, tóxica, que esconde seu principal representante - o ex-presidente Bolsonaro, que veio a Manaus participar de sua campanha, mas tem sido excluído dos programas eleitorais pelo candidato. Por quê? 

A resposta é claríssima: a visita do ex-presidente foi um fracasso de público e tem contribuído pouco ou nada com a campanha em curso.

Há uma perigosa e evidente consequência no caso de eleição do "capitão": o aumento da violência contra os mais pobres, os favelados, os desempregados, a grande massa de despossuídos que se espalha numa cidade de desigualdade gritante.

Fosse um amigo de Manaus e de seu povo, como parlamentar - ele teve R$ 400 milhões para contribuir com o município - teria destinado esses recursos à cidade, não a São Paulo, o que revela um divórcio com os manauaras. Reatar esse casamento parece impossível.

O "capitão" tem o dever de explicar aos manauaras as razões pelas quais preferiu destinar recursos a outros estados, a outras cidades e não a Manaus. O eleitor tem o direito de ouvir uma explicação do candidato.


DIREITO DE DEFESA

A coluna está aberta ao "capitão" para que dê aos eleitores uma  resposta clara, sem subterfúgio, sem a necessidade de recorrer à justiça eleitoral. É salutar que dê explicações, que fale do seu amor por São Paulo e porque, afinal,  se divorciou  dos amazonenses.

Veja mais uma: mototaxistas respondem ao capitão:
 

 

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ASSUNTOS: Bolsonaro, Capitão, eleição 2024, Manaus

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.