Manaus tem um orçamento anual de R$ 9 bilhões. É preciso que os candidatos a prefeito saibam disso. Se não sabem, é necessário que refaçam propostas  feitas em programa eleitoral, ou admitam que a ideia central é  penalizar a população com aumento de impostos.

É fácil falar em mudanças na saúde, na segurança, no transporte - e é até necessário fazê-lo - mas o orçamento atual não comporta o cumprimento de nenhuma dessas promessas, a não ser que a população seja chamada a pagar mais IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), ISS (Imposto Sobre Serviços), entre outros.

O que se observa nos programas dos candidatos na TV é a venda de facilidades para a população colher as dificuldades que fatalmente virão pela frente. As  propostas apresentadas são  peças de ficção.

Não cabe aqui citar o nome de cada um, mas fica claro numa primeira leitura que eles não estudaram, não sabem quanto o município arrecada, quanto é gasto com o pagamento da dívida pública, com funcionários, com saúde, com educação, mesmo considerando que o resultado ainda não é o esperado ou desejado. Ou quanto sobra para investimentos.

Não é possível acreditar que estejam usando de má fé com a população ao fazer promessas inexequíveis diante dos parcos recursos existentes. 

Melhor acreditar que são calouros, inocentes úteis, como aquele candidato que promete  realizar concurso público para secretário de governo, caso eleito, mas não parecem dispostos a servir ao povo, e sim a um projeto de poder onde vale tudo para chegar no topo.