O presidente Lula revelou que, enquanto esteve preso, só pensava em “foder” o então juiz Sérgio  Moro. Lula pergunta, durante a entrevista ao site 247, se poderia dizer esse palavrão e todos riem. Não poderia. É o presidente do País, deve dar exemplo de civilidade, ainda que seja claro o seu desejo de “destruir" aquele que considera o seu algoz.

Essa obsessão por vingança pode destruir Lula e o PT, que não guardam reserva da intenção de perseguir procuradores e ex-procuradores ou juízes que tiveram a coragem de expor o chorume do lixo que corria por baixo do tapete da República do Brasil.

Quem governa com ódio e institui uma política de perseguição a adversários, termina mal. O exemplo recente é o do ex-presidente  Jair Bolsonaro, praticamente exilado em outro país e com sério risco de ser preso ao retornar ao Brasil.

O problema de Lula, que em 100 dias não conseguiu sequer se entender com o seu ministro da economia, é essa incapacidade, aliás presente em seus dois governos passados,  de entender o País, de adotar uma política de desenvolvimento capaz de reduzir a pobreza e não focar apenas no bolsa família, uma forma clara e abusiva de criar currais eleitorais para se perpetuar no poder.

Lula pode foder com Moro e os procuradores da Lava Jato. Só não pode foder com o País.