Olimpíada, Maria Antonieta e Galvão Bueno
Um cavalo biônico conduzindo uma Amazona e a imagem de Maria Antonieta decapitada não tiraram o brilho da abertura dos jogos olímpicos de Paris, mas expuseram um lado sombrio da história da França. Na verdade, fragmentos de um período onde a verdade cedeu lugar à mentira, como hoje. Valia a versão dos revolucionários e nada mais.
A verdade, nesse período dramático da história da França (1789/1799), foi substituída por versões, conspirações que levaram à morte mais de 15 mil franceses na guilhotina.
Não precisava lembrar de Maria Antonieta sem contar, mesmo que para homenagear o pintor de seu retrato, o que havia por trás da conspiração contra ela.
Mas o resto foi esplendoroso. A chama olímpica em um balão ... uma novidade.
Nós brasileiros, que assistimos a transmissão pela Globo, encontramos um velho conhecido, Galvão Bueno. Ele narrou a abertura da olimpíada como um contador de história, com emoção e despertou a empatia dos telespectadores.
Galvão foi aposentado muito cedo pelo Globo. É um bom contador de história, capaz de entusiasmar o telespectador. Sabe dividir e compartilhar emoções . Faz falta nas narrações esportivas da emissora.
ASSUNTOS: Galvão Bueno, Globo, Maria Antonieta, Olimpíada de Paris
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.