É um pouco tarde, mas vale lembrar que na sexta-feira  foi comemorado o dia do amigo. Mas como ter amigos nessa guerra por espaço, por prazer, poder, riqueza e sexo? Quem são nossos competidores senão aqueles que nos cercam e com  os quais disputamos amor, dinheiro, prestígio, reconhecimento? 

Como encontrar no meio dessa guerra valores que podemos compartilhar, se pensamos diferente e é falsa a ideia de que somos a soma de outras pessoas? E que não está no nosso DNA a capacidade de ver virtudes, mas defeitos.

Não é fácil ter amigos porque  amizade pressupõe como condicionante confiança, cumplicidade, uma grande renúncia a opiniões para aceitar o outro como ele é, mas com a confiança de compartilhar segredos. Aí está o problema. 

Nas minhas relações há pessoas especiais - que pensam diferente, que amam diferente, que se relacionam diferente. Há pessoas que consigo ler, olhando nos olhos. É um grupo tão pequeno, mas tão pequeno que caberia no primeiro degrau de uma escada. E com elas tento subir até o último andar...