Os cavaleiros do caos
Sempre defendi que ideias com as quais não concordo devem ser consideradas, porque em parte podem conter verdades que não assimilei ou não quis ver. Mas a crítica deve conter um mínimo de bom senso e seu propósito o de mostrar equívocos e apontar caminhos.
Não é o que se tem visto ultimamente. As pessoas perderam a noção de limites e partem para ofensas como se fossem donas da verdade e senhoras do mundo, quando muitas não passam de boçais, parte de um exército do caos, como uma incapacidade incrível de ler, interpretar e contribuir com o debate público.
Pode-se ser do contra, mas não é permitido ser imbecil, vulgar, chulo, grosseiro.
A coluna de ontem - O legado de Wilson Lima - gerou uma série de provocações, especialmente pelo WhatsApp - algumas devem ser consideradas, pois motivadas por uma interpretação real, ainda que equivocada do texto - mas a maioria partiu para a baixaria.
Essas pessoas leram apenas o título e certamente foram evangelizadas para externar padrões de julgamento fundamentado em preconceito e ódio.
Não tem como fugir disso - dessa tara de alguns de vomitar em cima de todo mundo - de não ver virtude em nada, mesmo quando ela existe.
É fato que qualquer política de universalização do saneamento é importante e apontar acertos de um governo - que também erra muito - é um dever, independentemente que se goste ou não do governador de plantão.
O que cabe à sociedade é fiscalizar, exigir que projetos dessa magnitude atinjam os objetivos planejados. Afinal, o que resulta em saúde e bem - estar para todos deve ser incentivado.
ASSUNTOS: Amazonas, Saneamento básico, Wilson Lima
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.