O crime organizado, que cooptava políticos, vai sobreviver a Lava Jato. Em troca de delatar seus parceiros no crime, o  chefe  da organização, que deveria estar preso, vai se safando protegido por acordos com o Ministério Público e a Polícia Federal. Não é Lula o chefe da quadrilha, são os Odebrecht.

É impressionante que uma organização que admitiu ter corrompido agentes públicos e se apropriado  de recursos da sociedade possa fazer acordos para continuar operando  no 'mercado'. Em qualquer outro lugar no mundo a Odebrecht estaria fechada e seus donos presos. No Brasil, pai e filho ( Emílio e Marcelo Odebrecht) fazem acordos e revelam  com certa satisfação e cinismo como cooptavam seus parceiros dentro do governo. 

O que eles ganham com isso? No acordo de leniência feito com a Advocacia-Geral da União e a Controladoria-Geral da União, usando o CNPJ da empresa, eles garantem que a organização que ainda comandam vai sobreviver a Lava Jato. Que as portas do BNDES, por exemplo, estarão abertas para empréstimos que vão tapar os rombos que eles criaram e permitir que honrem os acordos milionários feitos no Brasil e no Exterior. Mais uma vez essa conta será paga prelo contribuinte.

Na  delação pura e simples, como estão fazendo, garantem uma certa imunidade ou redução de eventual pena.  Na verdade, a batalha que a Força Tarefa da Lava Jato iniciou pela moralização do País já começou perdida, porque os chefes da organização criminosa foram mais esperto.

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Resumindo:  a Lava Jato acabará  sim com os velhos politicos, mas as práticas não republicanas vão continuar. Com os sobreviventes, os Odebrecht e a incrivel máquina que eles criaram para corromper funcionários públicos e se apropriarem de recursos do governo...

FICA PARA DEPOIS

Ficou para a próxima semana a instalação da CPI do Diesel, na Assembleia Legislativa.Dos onze parlamentares que aprovaram as investigações, dois já retiraram  assinaturas da CPI: os deputados Sabá Reis (PR) e Ricardo Nicolau. Nove ainda apóiam a iniciativa: Luiz Castro (Rede), Sinésio Campos (PT), Wanderley Dallas (PMDB), Vicente Lopes (PMDB), Alessandra Campêlo (PMDB), Serafim Corrêa (PSB), Dermilson Chagas (PEN) e Adjuto Afonso (PDT).

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A proposta, se aprovada, vai permitir que deputados  investiguem se  as empresas que atuam no transporte coletivo de Manaus  desviaram ou venderam combustivel  adquirido com incentivo fiscal do Governo do Estado. 

RECESSÃO E REFORMAS

O PT e as centrais sindicais cantam vitória, mas o presidente Michel Temer assegura que o Governo Federal continuará firme nas reformas de que o Brasil precisa para modernizar a legislação trabalhista e previdenciária. 

Conforme Temer, a tarefa é gigantesca em virtude da recessão econômica na qual a ex-presidente Dilma Rousseff mergulhou o país.