Os gays da era Bolsonaro
Essa polêmica em torno da sexualidade de meninos e meninas - eles vestem azul, elas rosa - e a forte reação do novo governo a educação sexual nas escolas - recoloca no centro do debate estudo realizado em 2012 por universidades americanas e inglesas que apontam que a homofobia é resultante em grande parte da atração que muitas pessoas sentem pelo mesmo sexo. Se isso for levado ao pé da letra hoje, a direita ou o conservadorismo que tomou conta do país de certa forma seria constituído em grande parte por pessoas com tendência homossexual e que buscam se preservar de seus desejos mais íntimos .
O estudo, realizado pelas universidades de Rochester e da Califórnia, nos Estados Unidos, e de Essex, na Inglaterra indicou que na tentativa de esconder sua homossexualidade, grupos de homens e mulheres tinham tendência a se tornar homofóbicos.
Caso o estudo esteja correto - e é muito possível que esteja - os machões que se vê por aí, atacando gays podem não ser tão machões assim. Escondem uma feminilidade e uma atração latente pelo mesmo sexo - que não querem ver reveladas.
MARCELO DE OLHO
O desejo de ‘estrear’ na Câmara Federal é tanto que Marcelo Ramos já criou até uma nova forma de fazer ‘hora extra’ para o mandato que começará dia 1º de fevereiro. Ficar acordado em casa de plantão, torcendo pela publicação da Lei que beneficia a Sudam e a ZFM.
FEIITICHE DO INVEJOSO
A ‘despetização’ do governo começa com a mesma voracidade com que é substituída pela ‘bolsonarização’. Os milhares de petistas que ‘mamavam’ nas tetas do governo se tornaram peças inservíveis. Bolsonaro vive o fetiche do invejoso: quer ser o que já é; igual a Lula.
ALÔ, ACORDA GOVERNADOR!
Nem o governador Wilson Lima nem o superintendente da Suframa, Alipio Filho, rebateram matéria veiculada pela Folha de São Paulo com informação atribuída a equipe econômica do governo Bolsonaro, de que os benefícios concendidos ao polo de concentrados no Amazonas não se sustentam porque emprega apenas 100 pessoas. Não considerou a produção de insumos, como açúcar mascavo em Presidente Figueiredo, nem a produção do guaraná, em Maués, gerando centenas de empregos diretos e indiretos em todo o Amazonas.
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Também ninguém está agindo para impedir que se consuma a intenção da equipe econômica do novo governo de retirar o benefício tributário concedido aos fabricantes de motocicletas na Zona Franca de Manaus, o que atingiria a maior fabricante do setor, a Moto Honda, com 12 mil empregos.
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Essa “despreocupação”com a ameaça crescente contra o modelo Zona Franca é explicada primeiro pela ausência de um representante com poder politico na Suframa e, segundo, pela falta de compreensão do governador Wilson Lima das mudanças estruturantes que começaram em Brasilia no governo Bolsonaro e que ameaçam o Estado. O temor é que quando se deram contra do problema já seja muito tarde.
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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.